quinta-feira, 15 de julho de 2010
O CASTANHO
Cavalos castanhos
Cavalos a correrem em velocidade.
Ao ar livre, num prado.
Sabem que um dia acabarão por ser
Tratados como prisioneiros pelos donos.
Apenas servirão para montar.
Num instante foram apanhados e nunca mais libertados.
Há pessoas mesmo muito cruéis.
O Homem deve proteger estes nobres animais.
Pedro Sousa - 7º D
terça-feira, 6 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
INFINITO
Poema do afinal
No mesmo instante em que eu, aqui e agora,
Limpo o suor e fujo ao Sol ardente,
Outros, outros como eu, além e agora,
Estremecem de frio e em roupas se agasalham.
Enquanto o Sol assoma, aqui, no horizonte,
E as aves cantam e as flores em cores se exaltam,
Além, no mesmo instante, o mesmo Sol se esconde,
As aves emudecem e as flores cerram as pétalas.
Enquanto eu me levanto e aqui começo o dia,
Outros, no mesmo instante, exactamente o acabam.
Eu trabalho, eles dormem; eu durmo, eles trabalham.
Sempre no mesmo instante.
Aqui é Primavera. Além é Verão.
Mais além é Outono. Além, Inverno.
E nos relógios igualmente certos,
Aqui e agora,
O meu marca meio-dia e o de além meia-noite.
Olho o céu e contemplo as estrelas que fulgem.
Busco as constelações, balbucio os seus nomes.
Nasci a olhá-las, conheço-as uma a uma.
São sempre as mesmas, aqui, agora e sempre.
Mas além, mais além, o céu é outro,
Outras são as estrelas, reunidas
Noutras constelações.
Eu nunca vi as deles;
Eles,
Nunca viram as minhas.
A Natureza separa-nos.
E as naturezas.
A cor da pele, a altura, a envergadura,
As mãos, os pés, as bocas, os narizes,
A maneira de olhar, o modo de sorrir,
Os tiques, as manias, as línguas, as certezas.
Tudo.
Afinal
Que haverá de comum entre nós?
Um ponto, no infinito.
António Gedeão
Poemas Escolhidos
Lisboa, Sá da Costa, 2001
No mesmo instante em que eu, aqui e agora,
Limpo o suor e fujo ao Sol ardente,
Outros, outros como eu, além e agora,
Estremecem de frio e em roupas se agasalham.
Enquanto o Sol assoma, aqui, no horizonte,
E as aves cantam e as flores em cores se exaltam,
Além, no mesmo instante, o mesmo Sol se esconde,
As aves emudecem e as flores cerram as pétalas.
Enquanto eu me levanto e aqui começo o dia,
Outros, no mesmo instante, exactamente o acabam.
Eu trabalho, eles dormem; eu durmo, eles trabalham.
Sempre no mesmo instante.
Aqui é Primavera. Além é Verão.
Mais além é Outono. Além, Inverno.
E nos relógios igualmente certos,
Aqui e agora,
O meu marca meio-dia e o de além meia-noite.
Olho o céu e contemplo as estrelas que fulgem.
Busco as constelações, balbucio os seus nomes.
Nasci a olhá-las, conheço-as uma a uma.
São sempre as mesmas, aqui, agora e sempre.
Mas além, mais além, o céu é outro,
Outras são as estrelas, reunidas
Noutras constelações.
Eu nunca vi as deles;
Eles,
Nunca viram as minhas.
A Natureza separa-nos.
E as naturezas.
A cor da pele, a altura, a envergadura,
As mãos, os pés, as bocas, os narizes,
A maneira de olhar, o modo de sorrir,
Os tiques, as manias, as línguas, as certezas.
Tudo.
Afinal
Que haverá de comum entre nós?
Um ponto, no infinito.
António Gedeão
Poemas Escolhidos
Lisboa, Sá da Costa, 2001
domingo, 28 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR
Resumo escrito:CarlaNunes
Luís Sepúlveda, escreve-nos uma história doce, simples mas cheia de significado, como podem concluir ao ler esta história fantástica.
“História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar” é uma fábula, em que os actores principais são gatos e gaivotas, mas apesar de estas poucas palavras poderem dar a entender que se trata de um conto para crianças, enganam-se - uma criança não consegue retirar desta linda história a lição de vida que ela contém.
Temos então a história de um gato, Zorbas, gato grande, preto e gordo, que mora numa casa perto do porto de Hamburgo. Numas férias em que Zorbas fica em casa sozinho, estava ele a apanhar sol na sua varanda, quando lhe cai de repente à sua frente uma gaivota moribunda, que depois de ter sido apanhada pela maré negra, perde-se do seu bando e faz da varanda do Zorbas o seu último destino. Porém, antes de morrer, põe um ovo, e faz dois pedidos a Zorbas: o primeiro é que tome conta da pequena gaivota que irá nascer, o segundo é que a ensine a voar. Perante o estado da pobre gaivota, Zorbas aceita os pedidos, sem se aperceber do tamanho de tal responsabilidade.
Assim começa a sua aventura, que sendo fiel à sua palavra vai fazer todos os esforços para fazer cumprir a sua promessa.
Até a pequena gaivota nascer, Zorbas, que até agora tinha uma vida descontraída, se vê com a tarefa de chocar o ovo, desta forma quando a pequena gaivota nasce, Zorbas é chamado de mamã.
Neste momento, Zorbas procura os seus amigos, que o vão ajudar a cuidar da pequena Ditosa, assim a chamaram, e ajudá-lo nesta difícil tarefa. Os seus amigos são, Collonelo, um gato de alguma idade sempre pronto a dar um bom conselho, Secretário, o seu ajudante, o Sabe-Tudo, gato muito inteligente e o Barlavento, um gato marinheiro.
Com as enciclopédias do Sabetudo, com a boa vontade de todos, e com o sentido de cumprir esta obrigação a todo o custo, este pequeno grupo de gatos, começa então esta difícil tarefa, de dar umas lições de sobrevivência à Ditosa, de a ensinar a voar, e de lhe dar o amor e carinho do qual a sua mãe ficou privada.
Ditosa integra-se bem no grupo, de tal modo que começa a achar que também ela é um gato, e que é com eles que ela quer ficar e começa então a lutar contra o esforço dos seus amigos.
Mas Ditosa é realmente uma gaivota e a sua verdadeira natureza começa a vir ao de cima, e apesar da imensa vontade de ficar com a sua “família”, a vontade de abrir as asas e voar também a invade. De tal forma que numa noite chuvosa, Ditosa finalmente abre as suas asas, segue o seu destino, e voa, deixando Zorbas com lágrimas nos olhos ao ver partir a sua amiga, mas compreendendo também a necessidade dela de seguir a sua natureza.
É uma lição linda, de dois seres completamente distintos, que por partida do destino se juntam, que por honra a uma promessa acabam por construir uma bela amizade, de um grupo de amigos que por lealdade a um do grupo, e que apesar de todas as dificuldades aparentes, o ajudam a cumprir uma promessa quase impossível de cumprir.
Como podem ver, é uma fábula cheia de significado, a história de uma linda amizade e de valores que não vemos no dia-a-dia, um exemplo a seguir e mais do que isso, uma conclusão a tirar: tudo a que nos prestamos a fazer, se o quisermos verdadeiramente, conseguimos alcançá-lo.
História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/books/116728-hist%C3%B3ria-uma-gaivota-gato-que/
Etiquetas:
LEITURAS. LITERATURA. RESUMOS.
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